“Epílogo – Corria assim o ano de 2007, esta máquina de guerra nórdica, ao estilo de Jean-Claude Vandamme, ia “destruindo” toda a concorrência, tudo parecia secar à sua volta, mas é então que no Reino Comunicional Móvel Americano surge das sombras um indivíduo chamado Steve Jobs, acompanhado de um Apple Iphone, um soldado do futuro, com um ecrã touchscreen, que profetizava revolucionar este mundo. O CEO da Tribo Nokia, tendo conhecimento deste novo soldado e com o intuito de colocar pressão em Steve Jobs, profere as seguintes declarações, “O mundo nunca vai aceitar que os soldados móveis sejam touchscreen, as teclas serão sempre donas e senhoras“. Será mesmo que foi assim?“
Lembram-se desta passagem pertencente a uma Saga que prometeu arrebatar corações aqui para os lados d’O Idiota Marketeiro? Pois é, esta semana ganha continuidade, com um novo Capítulo, cheio de acção, destruição e de muitas técnicas para “arrebentar” a concorrência. Se não se lembram ou então não conhecem, podem sempre ler aqui neste link, o 1º Capítulo desta aventura.
Se no 1º Capítulo falei em tribos, xamãs, soldados, guerreiros ou no Jean-Claude Vandamme, neste Capítulo há um salto evolutivo nos termos utilizados, porque o Apple Iphone assim o obriga. Encarnando o espírito futurista da coisa, vou assumir que estou na presença duma entidade que veio do espaço, numa nave em forma de Maça que anuncia o Apocalipse às Tribos Nokia e Motorola.
O ano vigente é 2015, olhamos para o Apple Iphone duma forma completamente diferente daquela que olhávamos em 2007, talvez por se ter tornado tão comum nas nossas mãos, mas também porque a Tribo Apple fez questão e batalhou para que isso acontecesse. Na altura, um soldado do futuro, hoje um “Monstro de Mercado” neste Universo Comunicacional Móvel. Steve Jobs, audaz, criativo e mago do Mundo electrónico, desafiando as leis da lógica, apostou num telemóvel com touchscreen, com aplicativos e “touch fora da caixa”. Poucos eram aqueles a imaginar o que o Apple Iphone iria alcançar, aliás, se olharmos para a Apple em si como um todo, pensamos como é que é possível ter-se tornado numa das Marcas mais poderosas do mundo, se não mesmo, a mais poderosa.
Mas, vamos por partes.
Em 2007, dá-se o aparecimento do Apple Iphone no Reino Comunicacional Móvel Americano. Há boleia de Steve Jobs, entra num Reino fustigado por batalhas entre as Tribos em cima citadas e tomado, aparentemente, pela Tribo Nokia . Neste “aparentemente” encontra-se a chave para abrir este novo Capítulo. Sem ninguém saber, enquanto eram travadas batalhas terríficas entre os Nokia N95 e os seus oponentes, uma Tribo de material electrónico ergue-se num novo formato, falamos da Tribo Blackberry (Quem? Não apareceu no 1º Capítulo e vai aparecer agora? Porquê agora? Porque é que nem mencionada foi no Epílogo da 1ª Parte?). Mindcrush neste momento.
Pois é, coincidência ou não, a Tribo Blackberry, a partir das entranhas do Reino Comunicacional Móvel torna-se numa Tribo de Elite de soldados móveis, valorosos e que prometiam revolucionar este mesmo Reino. Como um bando de corvos, foram apanhando cacos de outros confrontos, aprenderam, evoluíram e estavam prontos a aniquilar fosse quem fosse. E assim foi, a Tribo Motorola foi a primeira a sair derrotada desta guerra, seguidamente, a Tribo Nokia viu-se cercada por Blackberry‘s em tudo que era sítio, não tendo outra opção se não entregar o domínio do Reino Comunicacional Móvel Americano à Tribo Blackberry e regressar ao Reino Comunicacional Móvel Europeu. Mas quem eram os Soldados capazes de tais proezas? Quem foram os responsáveis pelo apogeu da “Amora”? Os responsáveis foram os Blackberry Série 4, posteriormente os Série 5, Série 6 e por fim, os Série 7. Contudo, os primeiros do seu género foram os mais aclamados com medalhas de guerra. Eram certeiros, de morte fácil e com o seu qwerty varreram todo o Reino durante o período em baixo indicado.
(Aparte – Wow, wow, wow… Idiota Marketeiro, pára tudo! Mas então, não era suposto o Apple Iphone ser a estrela deste novo Capítulo? Calma, vamos a ele agora.)
Voltando aos princípios deste 2º Capítulo, o nosso soldado do futuro, o Apple Iphone, envolto num mistério sem teclas e à mercê da profecia do CEO da Tribo Nokia, onde, “nenhuma Tribo iria ter sucesso sem teclas”, aparecia neste Reino como um completo outsider. Primeiro, não tinha experiência na vertente comunicacional, apenas no Mundo Computacional, segundo, e voltando à profecia, não tendo teclas, não sabia como era os princípios desta guerra que prometia “sangue”, por outro lado, tinha um sistema de combate desconhecido, o IOS. Steve Jobs, Master in Command, tinha assim uma tarefa hercúlea pela frente.
Era este o aspecto do Apple Iphone 3G, totalmente diferente do habitual até então, olhado com desdém, mas ao mesmo tempo, despertando uma certa curiosidade.
Numa primeira vaga de ataque ao Reino Comunicacional Móvel Americano, o Apple Iphone 3G, viu-se no meio da batalha entre a Blackberry e a Motorola, assistindo como player neutro, cedo percebendo que não estava preparado para este tipo de andanças. Provavelmente, Steve Jobs, nunca pensou que o ataque da Blackberry fosse tão dominante nesse mesmo ano, certo é que, no fim, lucrou com esta batalha, uma vez que, a Blackberry superou a Motorola e o Apple Iphone 3G encontrava-se numa posição favorável no Reino Americano. Para melhorar ainda a sua situação, viu ainda, a Blackberry limpar do Reino Americano, a Nokia e os seus guerreiros N95.
Por outro lado, e de uma outra visão, quem é que estava a lucrar realmente com este holocausto e massacre móvel? Obviamente os Operadores de Rede Privados, que viam nestes novos intervenientes, outras metas, outro tipo de poderes, novas tecnologias e sabiam que não seriam apenas fogachos de Mercado.
Com efeito, e pondo de lado os termos arcaicos, identificamos assim, dois players principais no Mercado Comunicacional Móvel Americano. A partir de 2007, Blackberry e Apple tornaram-se concorrentes directos pelo controle deste Mercado. Com claro ascendente para a Blackberry nos primeiros confrontos, a Apple foi-se limitando em cada ano, lançar uma versão diferente do seu Apple Iphone, mas mesmo assim, parecia sempre faltar algo. A Blackberry percebendo este domínio, decide experimentar algo semelhante ao touchscreen futurista da Apple e aventura-se nessa tecnologia, tendo lançado em 2008 e 2009, o Blackberry Storm 9500, respectivamente, em duas versões.
Este Blackberry Storm 9500, acabou por ser um pesadelo para o Apple Iphone, que na altura, já ia na versão 3GS. O cenário não era famoso, mesmo a competir numa categoria de gama igual, a Apple via-se ultrapassada. Tudo era Blackberry, parecia uma conspiração contra Steve Jobs e o seu Apple Iphone.
Contudo, em 2010, a Apple lança o Iphone 4, dando claros sinais de estar anos luz à frente dos Blackberry qualquer que fosse a sua Série.
E é precisamente em 2010 que este Iphone 4, torna-se a chamada, Ameaça Táctil, começando a cavar um fosso para a concorrência no Mercado Americano, no caso, a Blackberry, fosso esse, que nunca mais foi “encurtado”. Muito diferente do primeiro Apple Iphone, o Iphone 4, era o expoente máximo da nova tecnologia móvel, o IOS estava a comprovar os predicados já anunciados com os seus antecessores, os seus aplicativos, a forma como complementava o ser humano, tudo indicava sucesso! Neste mesmo ano, deu-se a propagação em massa dos touchsreen, muito pela urgência de evoluir as famosas teclas, mas também porque as necessidades humanas assim o exigiam. Um ano mais tarde, o Iphone 4 ganha mais uma forma, tornando-se um Iphone 4S(uper) (Um pouco à imagem de Dragon Ball com os modos super guerreiro). A Apple tinha assim, aperfeiçoado o seu bebé, mas infelizmente, o seu Master in Command, Steve Jobs, nesse mesmo ano, faleceu. Uma mente brilhante, que deixa para trás um enorme legado, mas que certamente do qual estará orgulhoso, onde de um estranho E.T. a vaguear pelo Mercado em 2007, a um “Monstro de Mercado“, ditando leis e tendências a nível Mundial.
Estamos em 2011, Blackberry? Quem é? A imagem mais a cima, com as datas, indicava um início e um fim, por alguma razão foi escolhida para estar aqui. A Maçã destruiu a Amora.
(2º Capítulo finalizado.)
Epílogo – Registo 5000 – “Estou em 2010, deu-se um Boom touchscreen nos telemóveis do outro lado do atlântico, o Iphone 4, um novo luxo. O mundo está louco, estou com tiques nos dedos, músculos presos, estou pronto para evoluir mas o dinheiro é pouco, soluções low-cost? Android? Quem é? Ahhhh… Android, continuo sem saber.”
Até agora falámos em Líderes de Mercados, em dois períodos distintos, mas então e o resto? Existirão outras Tribos no Mercado?
(P.S – CONTINUA)