Desde já, espero que tenham tido um santo Natal! Cheio de prendas, cheio de alegria, mas acima de tudo, que tenha sido cheio de espírito natalício. Feito está este cumprimento, segue-se agora a idiotice “natalina” que preparei para vocês.
O Natal é supostamente uma época de paz, solidariedade, amor, ajuda, alegria, felicidade, tudo aquilo de bom que podemos imaginar. Mas será que é assim no mundo do Marketing? É isso que procurarei averiguar hoje junto de vocês. Mas antes disso, voltemos um pouco atrás no tempo.
Ainda no outro dia era Outubro, um Outubro onde já haviam muitas lojas com indícios natalícios, um Outubro cheio de listas e listas de compras, um Outubro que acaba por mostrar que os Marketeiros já tinham pensado no Natal na altura em que estavam numa praia a beber mojitos e a apreciar as “curvas” do verão. Com efeito, o mês de Outubro é realmente importante no ciclo do Marketing de Natal. Uma vez que, as Marcas/Empresas/Organizações planeiam que as suas estratégias de Marketing comecem a “espalhar o seu efeito” já nesse mês. Contrapondo com a ideia de que se deve esperar até Dezembro para preparar a época de Natal. Um erro! Uma vez que os consumidores já começam a fazer as suas compras muito mais cedo e as Marcas/Empresas/Organizações devem estar preparadas para responder às suas necessidades desde cedo. A título de curiosidade, segundo um estudo realizado pela Google, 26% dos consumidores começam a fazer as suas compras de Natal em… Outubro, pois claro.
Posto isto, vamos lá então ao Natal de um Marketeiro! Podemos chamar a isto, uma espécie de Plano de Marketing “Natalino”, devendo conter os seguintes passos:
1 – Objectivos – Rever as acções e as actividades de Marketing realizadas no ano transacto e tirar ilações sobre onde se pode melhorar. Podem ainda ser definidos como objectivos: as campanhas de reduções de preços, o impulsionar das vendas, liquidação de stocks, promover um determinado produto, reforçar a imagem da Marca, criar “buzz”, promover a consciência e responsabilidade sociais, etc.
2 – Recursos Humanos – Definir uma escala de trabalho para todo o pessoal envolvido nas campanhas de Natal. Pensar sempre no bem do grupo.
3 – Ferramentas de Marketing a utilizar – Definir quais os meios que vão ser utilizados para comunicar com os consumidores: Publicidade, Redes Sociais, Relações Públicas, etc.;
4 – Calendarização das acções – Definindo as acções, vamos saber como iremos definir as escalas de trabalho. Calendarizar é fundamental, a definição dos timings, vai ajudar à definição dos Recursos Humanos;
5 – Orçamento – No Money, No Christmas Plan, No gifts!
Como é óbvio, todo este planear não chega para uma época como o Natal. Uma época de tantas coisas boas, tem de ser SEMPRE especial! Por outras palavras, todos aqueles colaboradores/parceiros/consumidores de uma determinada Marca/Empresa/Organização têm de se sentir especiais, agraciados, têm de sentir que contam para a mesma. A fidelização torna-se assim fundamental no sucesso de boas campanhas de Marketing de Natal, uma vez que, sabendo os colaboradores/parceiros/consumidores que se “preocupam” com eles, meio caminho andado é para a criação de hábitos de compra, recomendação a amigos ou ainda recomendações a parceiros de negócio. No Natal, ainda mais importante é o reforçar dessa mesma “importância”, os bons colaboradores/parceiros/consumidores são imagem da confiança da Marca/Empresa/Organização.
Como disse em cima, o planear não é tudo, aproveitando esta onda da fidelização natalícia deixo aqui algumas “acções extra” que podem ajudar a reforçar o Plano de Marketing “Natalino”.
1 – Envio de Cartões de “Boas Festas”.
Personalizados, com um toque pessoal, recordando a importância para a Marca/Empresa/Organização. Ideal para enviar a colaboradores, parceiros, representantes, contudo, o envio a consumidores também é importante. O objectivo é a criação de uma relação e “reforçar” a lealdade à Marca/Empresa/Organização.
2 – “Aparecer” cedo e frequentemente.
Como referido “em Outubro”, o tempo assume um papel importante no que toca a estratégias de Marketing para o Natal. Desde cedo, relembrar constantemente que o “Natal Aproxima-se!”. Através de flyers, catálogos, brochuras, postais, pode-se fomentar o espirito natalício, sem esquecer o lado comercial, lembrando assim a Marca/Empresa/Organização. Estar em todo sítio!
3 – Organização de Eventos.
Festas de Natal, Contos de Natal, Encontros com o Pai Natal ou Concertos de Natal, são ideias que podem atrair uma maior audiência.
4 – Trabalho Solidário.
Aqui entram as Relações Públicas, ajudando no crescimento da rede de contactos, permitem o contacto directo com o público. Transmitindo a consciência e responsabilidade sociais da Marca/Empresa/Organização. O trabalho voluntário, a ajuda em cantinas sociais, a entrega de cabazes de natal, são tudo formas de tornar o Natal ainda mais cooperativo.
5 – Realizar Concursos.
Possibilitam a interecção entre Marca/Empresa/Organização e os seus públicos. Quer seja através de Concursos no Facebook com Fotos (alusivas ao Natal), pelo Twitter (criar uma #Hashtag global) ou ainda através de SMS criativas. “Criar buzz natalino” é o que se pretende.
6- Convidar os consumidores a contar a sua história.
O Storytelling é o que torna o Natal especial, é nesta altura do ano que o avô conta a história do Ultramar, aquela onde ofereceu a sua “bucha” a um nativo faminto no Natal de 70, é também altura da avó conta pela enésima vez a história dos “moços” andarem todos atrás dela quando era mais nova, ou seja, é a altura do partilhar, de juntar a família e conviver! Neste caso, as Marcas/Empresas/Organizações devem convidar os seus colaboradores/parceiros/consumidores a contar as experiências que tiveram com as mesmas. Podem ser pequenos vídeos, mas que depois vão-se tornar gigantes quando se tornarem virais.
E ao sexto dia, não sétimo, acabo este conto de Natal, contudo, sem antes vos deixar com esta magnífica campanha de Natal da Vodafone.
Espero que tenham gostado e que para o ano tenham um Natal ainda mais Marketeiro! 🙂