(Nota prévia: O continuar da publicação “Vivemos como Reis – O Início (Parte I)” será um processo semelhante ao de escrever um livro. Sendo esta uma saga épica, sairá para leitura consoante a necessidade de avançar a história. As aventuras das nossas Tribos irão crescer em cada publicação, não percam as novas peripécias! Aguardem novidades para os próximos tempos.)

Não há muitos anos, profetizou-se que uma das profissões de futuro seria o Social Media Manager (Claramente um nome catita, acompanhado das americanices do costume), o gajo que vai gerir as Redes Sociais da Organização/Empresa/Marca ao qual está ligado, esmiuçando-as ao máximo, gerando tráfego e pondo as mesmas na “boca do mundo”. Por esta mesma altura, outras das profissões ao qual se augurava um enorme crescimento era o de Gestor de Comunidades, contratado para ser a cara da empresa, iria gerir a comunicação a nível interno e externo, responsável pelo Social Media Marketing e pela relação com os clientes. Pode-se dizer, que seria um supervisor de tudo o que passa na e para fora da Organização/Empresa/Marca.

Quando soube destas profecias, nunca pensei no impacto que iriam ter no Mundo e nos Mercados actuais. Curioso disto, foi de na época estar a realizar o Estágio Curricular da minha Licenciatura e a minha Orientadora de Estágio é que me as transmitiu, aconselhando-me a procurar saber mais de Redes Sociais, potencializando os conhecimentos que já possuía na área e apostar nestas duas profissões. Estando indubitávelmente ligado à minha formação académica, esta vertente mais “digital”, nunca me atraiu. Continuo a olhar para o Marketing como um todo, prefiro-o cru e duro, o que me faz “tremer” é o planeamento, a estratégia e tudo aquilo que torna produtos/serviços mais apelativos, satisfazendo desejos como um génio da lâmpada. Mas reconheço, acabei por ser surpreendido com o boom destas duas profissões e sei também da preponderância que assumem nos dias de hoje.

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Estas previsões futuristas tornaram-se verdade, com a evolução de Mercados emergentes, acompanhados de novas exigências por parte dos consumidores e mesmo dos parceiros de negócio, as empresas foram apetrechando as suas fileiras com estas novas classes de profissionais, com o objectivo de aproximar e melhorar a relação Empresa/Público-alvo. Por vezes, estes mesmos cargos chocam, as tarefas confundem-se e convém saber adequar às necessidades da Organização/Empresa/Marca onde existam. O importante mesmo, é saber qual o ideal para ser uma extensão das entidades que representam.

Postos os dados na mesa, vou agora optar por explorar mais o Social Media Manager, como devem ter reparado, é ele o mencionado no título. O Social Media Manager é assim, uma primeira ponte de ligação na relação Empresa/Público-alvo, através do feedback que recolhe nas Redes Sociais que gere, consegue ter a percepção de como os consumidores estão a agir, permitindo analisar os perfis e dados estatísticos dos mesmos. Por sua vez, actualiza e coloca novos conteúdos nas moradas virtuais e monitoriza cada acção onde a Organização/Empresa/Marca que representa é mencionada. Basicamente, tudo o que mexe no “Mundo Digital” e tudo o que é Trend, o Social Media Manager está lá, explorando o que é de se ter em conta, para ter nas mãos a melhor informação possível.

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Estas fantásticas funções vão de encontro à pergunta feita neste título, sendo a mesma, o mote desta Idiotice. O Social Media Manager tanto pode ser um grande irmão na ajuda que presta à entidade que representa, porque dá a cara, partilha conteúdos úteis para os seus Públicos-Alvo, está sempre atento à concorrência, bem como à entrada no Mercado de novas ameaças. Protegendo assim a sua casa, ao mesmo tempo que prolifera a Organização/Empresa/Marca pelo Mercado. Por outro lado, se olharmos por outro prisma, esta atitude de ir de perfil em perfil, estar sempre atrás das tendências, bisbilhotar cada informação que obtém, aos olhos de pessoas normais como “nós”, pode ser visto de forma negativa, aliás, acabamos por não ter noção da quantidade de atenção que aparentemente temos sem notarmos. Contudo, as leis do Mercado assim o ditam.

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Por fim, transportando isto para pessoas individuais e não pensando nisto tão negativamente, quem de nós nunca navegou de perfil em perfil de amigos e desconhecidos só para meter o bedelho no que estes fazem? Quem é que nunca colocou fotos nos perfis, para serem um chamariz e chamar à atenção? Ou então, o outro lado, quem é que nunca “partilhou/twittou/Instou” artigos, notícias, empregos em perfis de amigos para ajudar? Caso para dizer, de Big Brother, Social Media Manager e cheira cus, todos temos um pouco.

P.S – Acaba por ser irónico ter criado um Blog anos mais tarde e para o divulgar ter de me multiplicar em inúmeras plataformas sociais, usando ferramentas de Social Media Marketingrealizando algumas das tarefas em cima citadas. Afinal, se calhar, até gosto um bocadinho de Marketing Digital.

P.S.2 – As imagens utilizadas são da autoria de Pawel Kuczynski, conhecido pela crítica mordaz e sátira através dos seus desenhos, deixo aqui este link para darem uma vista de olhos ao trabalho deste artista.

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