Hoje em dia, o Empreendedorismo está na “moda“! Por todo o País, vamos tendo conhecimento de inúmeros casos de sucesso de ideias que conseguiram passar do papel, trazendo consigo novos nichos de mercado, novas soluções, produtos/serviços diferenciados, mas acima de tudo, trouxeram consigo “os” Empreendedores. Quase que me arrisco a dizer que até já existe uma Categoria Profissional destinada a estes no Mercado de Trabalho. (Eu: “Então? Trabalhas em quê? R: “Sou Empreendedor.” Eu:”Ok.”)

Um Empreendedor nasce da vontade do quer, ver e vencer! Sempre na busca de oportunidades, vai explorando as suas ideias, pretendo torná-las reais. Para isso, vai trabalhando, pesquisando, planeando, orçamentando, resumindo, tudo acabado em “ando”. Se no fim essa ideia ganhar forma, missão cumprida.

Contudo, não basta este “querer, ver e vencer”, por vezes, as melhores ideias nem chegam a ganhar forma, ou por falta de apoios, falta de sustentabilidade, falta de parceiros, etc.. Esta é a conjuntura que o Empreendedor tem de saber enfrentar e “viver” com ela. Nem tudo é fácil, existe um longo caminho a percorrer.

ideas

Mas, deixemo-nos deste coaching barato, passando ao que realmente interessa. Todos os inícios são difíceis, como referi, existe toda uma panóplia de factores a ter em conta, mas aquele que mais sobressai na vida de um Empreendedor, é o factor financeiro. É simples, ou se tem ou não se tem capacidade financeira para levar a ideia para a frente. Para todos aqueles que o têm a tarefa fica bem mais facilitada, mas mesmo assim, não se pode julgar que o trabalho está completamente feito. Para aqueles que o dinheiro é uma “quase” miragem, 0 caminho a seguir é o de procurarem Programas de Apoio por parte do Estado, Plataformas de Angariação de Fundos (Crowdfunding), Concursos de Ideias/Empreendedorismo, Consultoras Especializadas (os chamados, “Business Angels“) ou então, numa de “Americanice“, enfrentar um “Tubarão” num Programa Televisivo (“Shark Tank“- Site de Portugal – Candidaturas Abertas). No caso de se pretender seguir estes dois últimos caminhos, vamos lá tratar do “Pitch Perfeito“.

SharkTank_logo

Definir o “Pitch Perfeito” é complicado, vão sempre existir uma série de passos que se deve seguir, mas tudo isso vai depender da forma como o vamos “apresentar”. Assim sendo, o Pitch é uma apresentação sumária, por norma de curta duração, com objectivo de despertar e cativar o interesse de uma outra parte, fazendo-a investir no nosso negócio. Contém apenas as informações essenciais, deve de dar a conhecer aos “novos parceiros” o que se pretende destes, informando-os do nosso core business.  Enfatizando sempre este mesmo core business, o Pitch procura ser o “canto da sereia“, com o intuito de levar à acção, de atrair o investimento ao nosso negócio e que realmente mostre que este seja “visto” como uma solução para responder às necessidades dos consumidores. Deve ser um Pitch focado essencialmente no Mercado, nas soluções, na viabilidade e que vale a pena investir. O Pitch deve de mostrar o “Nós“, o que somos e o que procuramos ser.

Com efeito, o Pitch deve ser uma apresentação gradual, uma apresentação que vai trilhando um caminho, de andar em andar, como se fosse um “elevador”. Falando em elevador, existe mesmo o termo “Elevator Pitch” que fala exactamente no que agora referi, um Pitch deve começar num hall de entrada e deve de subir gradualmente em direcção à “Penthouse VIP“.

Resumindo a informação, um Pitch “deve” de ter as seguintes características:

1 – Captar a atenção da audiência– Começar com uma frase chamativa, uma frase que faça “querer” ouvir mais.

2 – Discrição do Negócio e o do seu Mercado – Apresentar aas informações essenciais e explicar em que medida o produto/serviço vai resolver um problema que poderá existir? Se vai colmatar falhas no Mercado? Se vai ainda explorar uma oportunidade?

3 – Descrever a equipa por detrás do Negócio – Dar a conhecer o background da equipa e quais as suas valências .

4 – Benefícios de investir no Negócio– Porque é que o Investidor deve de arriscar? Quais os benefícios? Como é que se vai comunicar? Como é que se vai arrasar com a concorrência? Qual o plano de financeiro? Tudo perguntas que devem de ser tangíveis e de passível “defesa”.

5 – “Chamar à acção”– Acabar a apresentação com um pedido. Quem quer embarcar nesta viagem?

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No meio deste rebuliço todo, fazer sobressair o mais importante, repetindo as palavras, fazer sobressair o “Nós“, quem somos, o que procuramos, mostrar a singularidade do conceito, a paixão que nos motiva a alcança-lo, que só “Nós” o conseguimos, acima de tudo, transmitir credibilidade e vontade, porque tudo isso vai depender da forma como o apresentarmos.

Eu não sei se será o Pitch Perfeito, mas acho que o poder de um Pitch está para além de qualquer proposta formal de Negócio, porque num Pitch, somos nós, nós temos o poder, cabe-nos nós saber usá-lo e levá-lo a bom porto, quer dizer, a bons investimentos!

“Então, quem é que quer ser Idiota Marketeiro?”

Para os mais curiosos, deixo aqui dois links relativos ao “Shark Tank“, versão Americana, com os melhores “Pitchers” :

The 15 biggest ‘Shark Tank’ success stories of all time;

The 18 best ‘Shark Tank’ pitches of all time.

 

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