“Numa bela tarde, quando o mercado estava estrelado, as vacas leiteiras voavam de lucro em lucro e os “cães rafeiros” saíam de cena enquanto comiam erva. Um CEO ancião de apenas 14 anos vira-se para a sua administração e diz: “Afinal eram 5 análises, a SWOT e a PEST” (neste momento está ele com dois dedos no ar)

por, Leopoldo Passarinho, O Filósofo de Mascarenhas – Versículo 50 – “A Matriz”.

Após este momento lírico, vamos pensar na forma de como encaixar tudo isto na mente, é verdade que as frases contêm pequenos contra sensos, mas será que por vezes nas pequenas trocas de intenções, estão as nossas soluções?

A verdade é que quando queremos definir qual irá ser o posicionamento da nossa empresa no mercado e na mente do público, idealizamos sempre que estamos a fazer o mais correcto, recolhemos a “data” mais fiável sobre os segmentos previamente identificados, nichos bem definidos, análises estruturadas e fundamentadas que vão ajudar no objectivo, um plano e estratégias revistos de trás para a frente, de fácil controlo e com soluções sempre à mão em caso de emergências. Contudo, e não querendo entrar aqui num comboio de “pontos”, talvez o mais importante para tudo isso resultar é ter a tal diferenciação que todas as empresas desejam, aquilo que vai roubar o lugar ao Beltrano, a diferença que vai permitir ganhar a quota de mercado ao Sicrano, o factor que vai mexer na balança e criar inveja no vizinho, acima de tudo, ter o porquê de o público consumir aqui e não ali, assumir o local ideal no mercado que nos distingue dos restantes, estar num pedestal e “controlar” tudo.

Por outro lado, fazendo alusão às trocas de intenções em cima referidas, chegar ao topo nem sempre significa conforto, o perigo espreita a cada entrada no mercado, hoje estamos na mó de cima e amanhã estamos no fundo, de certeza que vamos ter sempre alguém que nos vai querer derrubar. Mas isso talvez seja bom, a competitividade permite que estejamos sempre a evoluir, a aprender e a inovar, às vezes dois passos atrás significam um em frente e mesmo quando somos ultrapassados, devemos reunir e pensar que não foi o fim. A luta pelo “posicionamento perfeito” continua, temos de trabalhar melhor a estratégia, temos de ir aos consumidores e saber o que falhou, “provavelmente aquela acção do mês passado não foi a melhor”, ter a noção que a aposta tem de ser no timing correcto, e ter conta que, eventualmente o que nos distinguia já se tornou banal. Acrescentar ainda, e dando sentido ao título do post, que mesmo estando em superioridade no mercado, bem posicionados e controlando todos os agentes do mesmo, a entrada de um novo player pode significar ficar de mãos atadas, uma vez que, apesar de ter todas as armas na mão, não significa que sejam as melhores para competir com esta nova ameaça.

Por fim, deixo aqui esta imagem que espelha bem o que foi dito, acrescentando ainda 3 questões. A bola vermelha está bem posicionada neste mercado? Ou é apenas mais uma no meio de tantas outras? Um polícia pode mesmo cercar 5 pessoas?

Mercado

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